O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A infecção pelo HPV, responsável pelo aparecimento das verrugas genitais, representa o fator de maior risco para o surgimento desse tipo de câncer.
Apesar de existir mais de uma centena de subtipos diferentes desse vírus, somente alguns estão associados ao câncer de colo uterino. São classificados como de alto risco os subtipos 16, 18, 45, 56; de baixo risco, os subtipos 6,11,41,42 e 44 e de risco intermediário, os 31, 33, 35, 51 e 52.
A transmissão do vírus ocorre por contato direto com a pele infectada. O HPV genital é passado na relação sexual e pode causar lesões na vagina, no pênis, no ânus e no colo do útero, sendo raro o desenvolvimento de lesões em outras regiões do corpo. Compartilhar toalhas e roupas íntimas usadas também pode transmitir o vírus.
Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até mesmo por meio de uma toalha ou outro objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões, e sua efetividade não é maior porque o vírus pode estar alojado em outro local, não necessariamente no pênis, mas também na pele da região pubiana, períneo e ânus.
Em 2014, o Ministério da Saúde incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) a vacina contra o HPV, que é usada na prevenção de câncer de colo do útero, além de outras doenças causadas pelo vírus. No Paraná, as doses começam a ser aplicadas gratuitamente em meninas de 11 a 13 anos a partir de 10 de março, nas unidade de saúde.
As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica.
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